PF revela dificuldade de escolher nomes para operações; ‘Lava Jato’ ‘Carniça’ ‘Good Vibes’

Por Evarista Costa


 Desde 2002, quando a Polícia Federal (PF) batizou pela primeira vez uma investigação com o nome Arca de Noé, todas as operações saem de lá batizadas, é quase regra ‘se não tem nome, não tem investigação’. Os nomes variam desde ‘Lava Jato’, deflagrada em 2014, ainda em andamento e considerada como a maior investigação de corrupção do Brasil e talvez a mais famosa, até ‘Operação Timóteo’, deflagrada em 2016, que tinha como um dos investigados o pastor Silas Malafaia, fonte de inspiração para o nome da operação.
Em entrevista exclusiva ao ON, o policial federal desde 2003, Anderson da Silva, contou como acontecem as reuniões de escolha dos nomes das operações. “É uma reunião ultra secreta, onde todos os policiais, delegados, e autoridades que serão envolvidas na operação são consultados, analisamos o histórico e a vida dos investigados, depois alinhamos todas as informações às questões filosóficas e antropológicas da sociedade brasileira, depois cada um sugere um nome”, conta Anderson.
 Depois de todo este processo uma cúpula especial é formada para escolher os melhores nomes, após isso, os nomes escolhidos são votados em uma comissão especial, para que não haja segundo turno de votação é preciso que um dos nomes seja aprovado com a maioria absoluta dos votos, segundo a delegada Maria Helena que compõe a mesa da comissão especial. Ela afirma ainda que passa noites em claro estudando as melhores propostas de nomes, e ressalta que o nome pode mudar o rumo da operação se não for bem escolhido.
Dentre os nomes de operações mais difíceis de escolher Anderson ressalta, a Operação Good Vibes, que prendeu integrantes de uma quadrilha que atuava no tráfico de drogas sintéticas em Minas gerais, nome claramente inspirado nas ‘brisas’ dos presos. O nome da Operação Pixuleco ainda não se sabe ao certo de onde veio a inspiração, mas há boatos de que quem o sugeriu ouviu o investigado José Dirceu chamando o dinheiro que cobrava de empreiteiras da Petrobrás, carinhosamente de Pixuleco, ‘owwnt que fofo’. A Operação Pinóquio dispensa explicações, segundo Anderson esse nome nem precisou de tanta reflexão para ser escolhido.

IMAGEM EXTRAIDA DO LINK


As operações Papa-Léguas, Peter-Pan, Deus tá vendo tudo, Carniça e Exterminador do Futuro dispensam comentários, fica a seu critério, leitor, interpretar o sentido de cada nome. Enquanto isso, a PF se empenha na busca pelos melhores nomes para as operações, afinal, eles fazem toda a diferença, né?


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